Up! Altas Aventuras

Up! Altas Aventuras de Pete Docter é mais um grande sucesso da Pixar! Temos uma história envolvente e apaixonante, com lições e mensagens para pequenos e adultos, mas que agora vem a público combinada com uma delicadeza e uma magia rara, só vista antes nos grandes clássicos do estúdio do pai do Mickey. Ou seja, trata-se de um projeto que já nasce memorável.
A animação Monstros S.A. (2001), também foi dirigido por Pete Docter. E causa espanto perceber os elos de ligações entre os dois filmes, em como eles se comunicam. Se antes tínhamos um monstro peludo e uma menina chorona, agora os protagonistas são um velho rabugento e um escoteiro gordinho - ou seja, duas figuras antagônicas! E se no primeiro longa do cineasta a missão era mostrar que o desconhecido pode ser muito mais amigável do que se pode imaginar, dessa vez ele quer deixar claro como opostos podem compartilhar sonhos em comum. E, tanto lá quanto aqui, no fundo o que é dito é que a união pode fazer milagres. Independente do contexto em que esteja inserida.
Up: Altas Aventuras é composto por vários momentos marcantes. No prólogo conhecemos Carl Fredricksen (dublado por Ed Asner, no original, e por um ótimo Chico Anysio, no Brasil), um menino tímido, mas que no seu íntimo guarda um forte espírito aventureiro. Ele encontra uma alma gêmea em Ellie, uma menina espevitada e maluquinha. Desde crianças se tornam inseparáveis, seguindo o rumo natural das coisas: se apaixonam, casam e vivem juntos até a morte dela. Sozinho novamente, ele se dá conta de dois lamentos: nunca tiveram filhos (por questões de saúde) e não chegaram a realizar o maior sonho dela, que era conhecer um lugar místico na América do Sul chamado 'Paraíso das Cachoeiras'! É quando decide amarrar milhares de balões na própria casa e partir nessa louca empreitada. O que ele não contava, no entanto, é com o roliço Russell, um garoto determinado a receber uma medalha por 'prestar ajuda a um idoso'. Juntos, os dois passarão por alguns perigos, dificuldades e descobertas, como uma ave exótica e muito colorida e cachorros que falam, até se depararem com um inimigo à altura do desafio assumido - e que testará todos os limites deles!
Se há algum porém, é o efeito 3D, que acaba virando coadjuvante, como um acréscimo no pacote que em nenhum momento chega a ser fundamental. Este é um filme que fala com todos os nossos sentidos, aquecendo o coração, alertando a mente e contagiando sorrisos por todos os lados. Uma trama de superação, divertida e muito bem estruturada, que comove na medida certa, sem ser adocicada demais, e que ao mesmo tempo é acelerada e dinâmica sem prejudicar seu desenvolvimento. Um acerto do início ao fim, competente em combinar todos os elementos mais característicos das melhores produções Disney com a técnica e um visual arrebatador, tão identificável com a Pixar. Nada menos do que genial!
Critíca: Robledo Milane
DICA: Filme disponível no Catalógo da Netflix




